Pesquisar este blog

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Campanha da Fraternidade 2012


Todos os anos a Igreja Católica organiza campanhas nacionais que visam o interesse geral e o bem comum de todos os brasileiros e brasileiras. No ano de 2012, a campanha é pela saúde igual para todos.

Os abortistas querem a liberação do aborto para as mulheres pobres ou negras sob o argumento que elas morrem mais. O assassinato dos filhos delas não é solução, mas um crime contra a pessoa inocente e indefesa que vai nascer e uma discriminação odiosa contra as mulheres pobres ou negras.

Temos mostrado em nosso trabalho em defesa da vida que as mortes das gestantes pobres ou negras decorre da falta de assistência médica.

Estudo dos Conselho de Medicina de São Paulo e do Conselho Federal de Medicina mostra a grande desigualdade no atendimento à saúde do povo.

Na média, os atendidos pelo SUS têm 4 vezes menos médicos. Porém, há situações piores: na Bahia há 1,25 posto de trabalho no SUS contra 15,14 na rede privada para cada mil habitantes; no Maranhão e no Pará há menos que um posto de trabalho para cada mil habitantes.

O estudo do CFM prova que o brasileiro tem péssimo atendimento de saúde. Muitas mortes poderiam ser evitadas se o sistema de saúde fosse adequado e eficiente. As mulheres negras ou pobres morrem na gestação e no parto por causa do péssimo atendimento de saúde. O estudo completo pode ser visto no portal do Conselho Federal de Medicina.

O jornalista Josias de Souza comentou o estudo em seu blog, que pode ser lido abaixo.

SUS tem 4 vezes menos médicos do que a rede privada

No Brasil, os médicos que atendem aos 46 usuários dos planos de saúde superam em 3,9 vezes os que socorrem à clientela do SUS.
Para cada mil usuários dos planos de saúde, há 7,6 médicos à disposição nos estabelecimentos privados de saúde. No SUS, há 1,95 profissionais.
Os usuários dos planos de saúde são contados em 46,6 milhões de brasileiros. Contam com a assistência de 354.536 médicos que trabalham em estabelecimentos privados.
A clientela do SUS soma 144 milhões de pessoas. Dispõem de 281.481 médicos que ocupam postos de trabalho nos estabilecimentos públicos de saúde. Daí a disparidade.
Os dados constam do estudo ‘Demografia Médica no Brasil’, divulgado nesta quarta-feira (30).
O trabalho foi feito por duas entidades de classe dos médicos: o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Regional de Medicina de São Paulo.
As disparidades são ainda maiores quando os Estados são analisados individualmente. No Maranhão e no Pará, por exemplo, há no SUS menos de um posto de trabalho ocupado para cada mil habitantes.

Na Bahia, os usuários do SUS dispõem de 1,25 médicos para cada mil habitantes, contra notáveis 15,14 profissionais na rede privada. O quadro baiano, anota o estudo, “ilustra a distroção de forma dramática”. Nada menos que 89,7% da população do Estado é usuária do SUS. Feitas as contas, verifica-se que a quantidade de médicos que atende na rede pública é 12,11 vezes menor do que presta assistência aos pacientes da rede privada.
Num estado como São Paulo, onde a cobertura dos planos de saúde é maior (44,5%), há na rede privada 6,23 médicos para cada mil habitantes, contra 3,04 do SUS.
O estudo revela outra particularidade do trabalho dos medico: a multiplicidade de empregos. Estão registrados nos conselhos regionais de medicina 371.788 profissionais. Ocupam postos de trabalho nas redes pública e privada 636.017 médicos.
“O mesmo professional atua em mais de um serviço e atende a diferentes populações, até mesmo em municípios diferentes”, anota o relatório.
O estudo reforça a desigualdade na distribuição territorial dos médicos. Diz o texto: “As regiões Sudeste e Sul [mais desenvolvidas] se colocam novamente no extremo oposto das regiões Norte e Nordeste”.
No Rio e em São Paulo, cada grupo de mil habitantes conta com 4,47 médicos em atividade nas redes privada e pública.Esse índice é 44% mais alto do que a média do país: 3,33 postos médicos ocupados para cada mil habitantes.
No Maranhão, situado no piso das estatísticas, há 1,31 postos médicos ocupados para cada mil habitantes –número 3,4 vezes menor que o do Rio e São Paulo, no topo.
Afora as disparidades na localização geográfica dos medicos, o estudo menciona as desigualdades provocadas pela estrutura de financiamento do sistema de saúde.
Privilegia-se o privado em detrimento do público. No Brasil, o Estado responde por 45,7% dos investimentos em saúde. Bem menos do que investem os governos do Reino Unido (83,6%), França (76,7%), Alemanha (75,7%), Espanha (72,1%), Portugal (69,9%) e Canadá (68,7%).
No dizer do estudo das entidades médicas, há no Brasil um “subfinanciamento crônico” da saúde. O quadro se agrava pela ausência de regulamentação da Emenda 29, que distribui as responsabilidades pelo custeio da saúde entre União, Estados e municípios.


CLIQUE AQUI, para ler a íntegra do estudo dos conselhos de medicina.

FONTE:
http://www.domluizbergonzini.com.br/2011/12/fraternidade-e-saude-sus-tem-4-vezes.html