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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Comunhão Espiritual


A Comunhão espiritual é uma devoção que consiste em unir-se a Jesus presente na Eucaristia recebendo-O não sacramentalmente, mas com um vivo desejo que procede da fé, animada pela caridade. Esta prática é muito louvada e desde o Concílio de Trento a Igreja exorta os fiéis a praticá-la.


FUNDAMENTO TEOLÓGICO


O valor da comunhão espiritual baseia-se em dois princípios:


A fé na presença de Cristo na Eucaristia; de fato é porque se crê na presença real de Jesus na Hóstia Consagrada que se deseja recebê-la e dela nutrir-se como alimento espiritual. Recordemos, porém, "a comunhão espiritual é totalmente diversa da união com Cristo segundo a fé ensinada pelos protestantes; de fato, para Lutero a Eucaristia não tem outro valor senão excitar a confiança na imputabilidade dos méritos de Cristo, sem realmente produzir um acréscimo de graça em nossas almas" (D.T.C.- verbete Lutero, col. 1305).
a eficácia do desejo pode suprir o ato sacramental. É um princípio admitido em muitos casos que o desejo substitui o ato, quando não pode ser cumprido em si mesmo (Suarez, 1, n.3, am D. Th. Disp. XXII, ses. 1). Na ordem sobrenatural, o desejo pode substituir às vezes (quando é impossível recebê-los) alguns Sacramentos, até causar a justificação, como o desejo ao menos implícito do Batismo ou o ato de contrição perfeito para a confissão.


EFEITOS


Os efeitos dessa prática são semelhantes ao da Comunhão Eucarística, menos a sua intensidade, que é menor, enquanto que o modo perfeito de comungar é o de receber o Sacramento. Às vezes, porém, estes efeitos podem ser superiores aos que são produzidos na Comunhão sacramental se as disposições são puríssimas, se bem que na igualdade das disposições, como já tínhamos dito, são evidentemente menos abundantes que na Comunhão Eucarísticas; de fato eles não se produzem ex opere operato (ou seja, em virtude da instituição divina), mas só ex opere operantis (ou seja, em virtude das disposições do indivíduo e são proporcionais a estas).


FREQÜÊNCIA


A comunhão espiritual pode ser feita todas as vezes que a alma o desejar. Como prova disto, lembra claramente a Imitação de Cristo (1, IV, c. 10): "Toda pessoa pode, de resto, todos os dias e todas as horas, entregar-se livre e salutarmente às comunhões espirituais".


A ORAÇÃO:

“Creio ó meu Jesus, que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as coisas e desejo-vos possuir em minha alma. Mas como agora não posso receber-vos sacramentalmente, vinde espiritualmente ao meu coração. E, como se já vos tivesse recebido, uno-me inteiramente a vós; não consintais que de vós me aparte”. 
(Santo Afonso Maria de Ligório).

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